Pedrosa Consultores Associados

Estudo realizado pela PDR Pedrosa Consultores em parceria com o escritório Lopes, Domingues Advogados, sobre variação nos valores de imóveis e locação comercial nos últimos 2 anos.

Desde o final de 2014, tem-se notado forte tendência de queda nos valores de aluguéis no País, principalmente em função do excesso de ofertas de imóveis tanto residenciais como comerciais.

Os índices de correção que vinham historicamente na faixa de 8 a 15% ao ano despencaram já em 2014 – no acumulado do ano – para 1,98%. A mesma tendência foi verificada ao longo de 2015, com expressiva queda de -2,49 %.

No ano de 2016 não foi diferente. O acumulado de 12 meses no mês de Julho já apontava queda (no valor dos aluguéis) de -2,2%, contra inflação (IGP-M) de 11,6% no acumulado do mesmo período, o que resulta em queda real de 14,05% de Julho/15 a Julho/16. Todos os dados divulgados pelo SECOVI-SP.

Por meio do gráfico acima, nota-se claramente o deslocamento da curva da inflação em relação aos valores de locação nos doze meses anteriores ao mês de Julho de 2016.

Os dados coletados pela FIPE (Fundação instituto de Pesquisas) em parceria com o ZAP (site de imóveis) mostram que o índice que apura o preço de aluguéis em 9 cidades brasileiras registrou variação de -0,04% no mês de dezembro de 2015 em comparação com novembro.

 

Tratava-se da oitava queda nominal seguida do indicador quando comparado com o resultado do mês anterior. Com isso, o Índice FipeZap de Locação terminou o ano de 2015 com queda nominal de 3,34%. Foi a primeira vez que o índice terminou o ano com resultado negativo em termos nominais em toda a série histórica (iniciada em 2008).

No decorrer do 1º. Semestre de 2016, o cenário permaneceu inalterado. O estoque de imóveis disponível para locação permaneceu superior à demanda, pressionando o preço das locações para patamares abaixo dos praticados em 2015.

Os preços de locação registraram queda nominal de 0,67% na passagem de junho para julho de 2016. Com isso, o Índice FipeZap de Locação acumula variação de -2,44% em 2016 e – 5,23% nos últimos 12 meses.

Levando-se em consideração a inflação medida pelo IPCA nos últimos 12 meses (+8,74%), o Índice teve uma queda real de 12,84%.

Todas as cidades monitoradas pelo Índice mostraram resultados inferiores à inflação nesse período. Apenas em Curitiba não houve queda nominal no preço médio de locação.

Levantamento efetuado pela PDR Pedrosa Consultores, especificamente no segmento de locação de Galpões, mostra o preço médio do mt2 praticado atualmente em algumas regiões da cidade de São Paulo e que poderá auxiliar na verificação da conformidade dos valores hoje dispendidos pelos clientes no tocante a esta rubrica.

Em virtude do excesso de ofertas no mercado nacional de galpões industriais, a balança, hoje, pende em favor dos inquilinos nas negociações de locação; o que, em tempos de crise e retração da atividade econômica, pode representar um benefício interessante principalmente para os segmentos em que esta rubrica é de maior peso em suas operações.

Ao contrário da tendência de alta verificada em passado recente, quando diversos locadores aproveitaram o movimento para pleitear a majoração dos alugueis, o mercado atual caminha em sentido inverso. A retração dos índices traz grande oportunidade para que agora os locatários revejam os valores praticados em seus contratos de locação.

A revisão do locativo, se improvável o sucesso de eventual negociação amigável, pode ser pleiteada judicialmente. Basta que se demonstre por meio de avaliação imobiliária o descompasso entre o valor praticado e o valor de mercado, e que a última negociação consensual sobre o valor do aluguel tenha ocorrido há pelo menos 03 (três) anos.

Levando-se em consideração que deve haver nos próximos anos um maior equilíbrio entre oferta e demanda, principalmente em função do natural ajuste do mercado imobiliário, o momento para verificar a possibilidade de revisão do preço do aluguel se mostra extremamente oportuno.

Mais Informações:

 

www.pdrc.com.br                                              Lopes Domingues Advogados              

Telefone: (11) 3568-2890                                             www.ldadv.com.br

                                                                            E-mail: contato@ldadv.com.br

                                                                               Telefone: (11) 4349-0900

                                                                     Contato: Sérgio Mirisola Soda | Maurício Domingues

 

Por Frederico Pedrosa

Estamos vivendo um momento crítico, mas a curva voltará a crescer e quem estiver preparado sairá na frente

 

A Pedrosa Contadores Associados está no mercado desde 1981 e tem em seu portfólio grandes empresas brasileiras dos setores varejistas, atacadistas, mineração, telefonia, construção civil e bancário. No início deste ano, abriu uma filial na capital paulista em um dos endereços mais prestigiados, na Avenida Faria Lima, no Jardim Paulistano. Nesta entrevista ao JORNAL DA CIDADE, Frederico Pedrosa, sócio do escritório Pedrosa e Contadores Associados, fala sobre o perfil atual do contador e o que espera para 2016. Confira a seguir.

JORNAL DA CIDADE: O perfil do contabilista mudou nos últimos tempos. Esse profissional hoje exerce um importante papel junto às empresas. Como o senhor avalia essas mudanças?

FREDERICO PEDROSA: O contador tem uma função fundamental na geração de informações para tomada de decisões estratégicas nas empresas, principalmente no Brasil, que possui uma elevada carga tributária e constantes alterações da legislação. Houve uma grande revolução nos sistemas de informação integrados, que paradoxalmente aumentaram os serviços do profissional contábil. Nesta hora, o profissional de contabilidade tem papel fundamental, pois a análise dos dados e a parametrização dos sistemas de acordo com a legislação fiscal e tributária tornam-se um diferencial.

 

JC: A Pedrosa e Contadores Associados abriu este ano escritório em São Paulo. Quais os planos da empresa na capital paulista?
FP: A demanda por nossos serviços em São Paulo, onde se localiza a sede das grandes empresas brasileiras, tem crescido muito. A presença na capital paulista nos proporciona maiores oportunidades de oferecer cada vez mais serviços especializados nas áreas de perícia, auditoria e consultoria.

 

JC: O ano de 2015 tem sido complicado para muitas empresas. Qual é a receita para crescer, mesmo diante desse cenário de crise?

FP: A receita para crescer no cenário de crise é ter senso crítico, capacidade de análise do cenário e criar novas possibilidades. Saber se localizar na curva senoidal de crescimento. Estamos em um período crítico, mas assim como em outras crises, tem um ponto em que a curva volta a crescer e neste momento, os que estiverem preparados sairão na frente.

 

JC: A Pedrosa e Contadores Associados firmou uma recente parceria com a CM Caiafa Consultoria para oferecer soluções na área de engenharia. Como será o trabalho oferecido pelas duas empresas?

FP: A integração entre as áreas contábeis e de engenharia é um diferencial, pois a análise dos dados será de forma sistêmica e não compartimentada. Podemos verificar o empreendimento como um todo: a questão fiscal, tributária, contábil e da engenharia. A administração contratual, um dos principais serviços dessa parceria, permite uma análise ao longo do cumprimento do contrato para garantir os resultados do negócio. O objetivo é trabalhar de forma preventiva junto às empresas do setor de construção civil e aos contratantes dessas empresas. A Pedrosa e Contadores Associados e a CM Caiafa Consultoria irão propor um Plano de Contas Contábil e um Plano de Custos da Obra, respectivamente, para viabilizar a gestão eficaz dos contratos.

 

JC: Muitas empresas estão recorrendo à recuperação judicial devido à atual crise econômica. Quais são as principais orientações para essas empresas?

FP: É muito importante estarem com os registros contábeis em dia nos termos da legislação em vigor. Para o plano, a assessoria contábil e jurídica é fundamental.

 

JC: E para 2016, como o senhor avalia o próximo ano no Brasil?

FP: No Brasil, é difícil prever até o passado, que dirá o futuro. Certamente será mais complicado com o agravamento da crise, pelo que temos que estar preparados e trabalhar muito. De nada adianta lamentar, é arrega- çar as mangas e seguir em frente.

 

Entrevista ao Jornal da Cidade. 2 a 15 de outubro de 2015 . Ano LVII . nº 2.702